Geralmente, quando alguém toca na questão do machismo , o que
vem à tona é , quase sempre, o óbvio ululante: violências ( doméstica,
profissional, verbal, física...) ; submissões... Enfim, já há um certo elenco
de práticas mais ou menos consubstanciadas neste quesito . No entanto, os modos
como essas práticas são introduzidas em nosso dia a dia nem sempre são tão claros
ou conseguimos nos dar conta ...inclusive dentro do próprio universo feminino.
As formas mais ou menos sutis com que muitas dessas ações - aparentemente inofensivas - são implantadas
na prática é que denotam o “refinamento” da coerção machista que nem todos
estão aptos a enxergar . Isso acaba causando uma certa confusão e , muitas
vezes , é encarado - ou forçosamente desvirtuado, para usar uma expressão do
momento ,como “mi-mi-mis” de mulherzinha - fazendo inclusive com que a vítima
(sim, vítima!) se retraia e nada faça, ou ainda, sofra calada e sozinha, perpetuando a situação e o machismo, ou pior, tente se defender
de forma completamente errônea , procurando se “descolar” de qualquer menção ao feminismo, optando indireta e equivocadamente pelo machismo que a diminui,
por muitas vezes não entender o real objetivo da luta
feminista (que não é apenas pelas mulheres, diga-se de passagem...).
Assim, corriqueiramente são engendradas: práticas , gestos, ações
que parecem inofensivas mas que são secularmente articuladas para manter o “status
quo” machista e que pretendem aviltar, roubar e
minar - diariamente – nossa autoestima ,nossa força, oportunidades, espaço,
saúde e muito mais, nas quase imperceptíveis tentativas de limitarem nossas
possibilidades.
Mas , afinal, do que é que esta doida ( euzinha ) estaria
falando ?
Bem , existe muito mais debaixo da velada capa coercitiva do machismo , travestida propositalmente
de “exageros femininos ou feministas”. Apresento-lhes
alguns tipos aparentemente invisíveis de machismo , mas dos quais você, na verdade –
especialmente se for mulher – provavelmente , foi , é ,será vítima ou simplesmente já assistiu.
As designações dessas práticas estão em inglês , da forma como
foram primeiramente mencionadas .
Você vai perceber , ENFIM......
.............QUE NÃO ............
NÃO ERA E
NÃO É MI-MI-MI ........
Só
para começar:
Manterrupting: quando uma
MULHER não consegue concluir sua frase porque é constantemente ( e propositalmente) INTERROMPIDA
PELOS HOMENS ao redor.
Bropriating: Quando, em
uma reunião, um HOMEM SE APROPRIA DA IDEIA DE UMA MULHER e leva o crédito por
ela.
Mansplaining: É quando um homem dedica seu tempo para
explicar algo óbvio a você, como se não fosse capaz de compreender. Afinal,para
eles, muitas vezes, você é SÓ uma mulher.
Gaslighting: VIOLÊNCIA
EMOCIONAL por meio de MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA, que leva a mulher e todos ao seu
redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz.
Abaixo, um resumo feito pela sabedoria
nada inconsequente desta geração de mulheres empoderadas :
Fonte do vídeo:
you tube - canal: ENCALACRADA
BÔNUS:
Fonte do vídeo:
you tube - canal: LULLY DE VERDADE
P.S.:
O que você pretende fazer , agora que tem esta informação ?
Continuar a ser vítima ou a assistir uma mulher passar por tudo isso sem nada fazer ?(...isso também vale para homens...).
Posso te dar uma ideia ?
Faça sua parte. Cada vez que presenciar algo do tipo , desconstrua -educadamente- o discurso do opressor-agressor que , muitas vezes , sequer percebe que o é.
E, mulheres...
Pratiquemos a sororidade* !
* Sororidade: união e aliança entre mulheres, baseada na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum, no lugar da velha rivalidade de sempre.
Mary Lúcia Oliveira.