Vou trabalhar de transporte
público, mais precisamente de ônibus. Tenho ótimas ideias (odeio ideia sem
acento !!! Maldito seja esse acordo ortográfico !!!) sentada no ônibus,
preferencialmente à janela.Só uma coisa me incomoda: homens se espalhando ! Conhecido
internacionalmente como “ manspreading”
ou homens que insistem em se sentar com as pernas em ângulos obtusos (...e
mente idem). Como se suas bolas tivessem vida própria e, de repente, corressem
o risco de incharem e explodirem ao menor contato com as pernas ou , quem sabe
, isso mantivesse seus bilaus mais refrigerados , ou ainda – desconfio - que
eles possuam a ilusão de que acharemos
seus "amiguinhos" maiores porque precisam
de mais espaço. Dãããh!!!! Quanta insegurança ! Preferem ser mal educados a
correrem o suposto risco de não parecerem ter bilau grande. Aff !!
Meus
caros, uma mulher sempre saberá que é apenas
insegurança – e falta de educação - sua !
Aliás, segundo uma amiga, o
mesmo raciocínio vale para homens com carros de tamanhos ampliados (a menos que deles necessitem por motivos de
trabalho...). Segundo essa “especialista” amiga minha, dá para aprender muito
sobre homens, observando seus carros : como dirigem, como os mantêm...
Ah ! O
tamanho ? Do carro.....Bem, diz a lenda que quanto maiores – salvo exceção já feita – menor a autoestima e respectivo tamanho do dito cujo. Eu diria que
faz sentido. . . É o mecanismo da compensação de Freud em ação : “... é um Mecanismo de Defesa que tem por
objetivo alcançar uma diminuição da ansiedade surgida de situações de
inferioridade (real ou imaginária) e de assegurar uma posição de bem estar ao
indivíduo em relação aos demais. É um processo psíquico em que a pessoa se
compensa por alguma deficiência percebida ou conscientizada (não
necessariamente verdadeira), ou pela imagem desfavorável que tem de si própria,
através de uma outra característica (falsa) que o caracterize, que ele, então,
passa a considerar como um trunfo”.
E a competição entre eles , então , nas várias esferas
sociais, para ver qual macho será o
alfa-pegador ou o que "comeu" todas ? Mais insegurança... Ao longo do tempo
muitos machos foram construindo as
máscaras que envolvem o ego, as “personas”, segundo Freud, e com elas foram
desenvolvendo uma série de projeções daquilo que gostariam de ser ou ter. Não basta comer (e ser comido), é preciso
falar, vangloriar-se , autoafirmar-se . E se não comeu dirá que comeu e será
acreditado por todos os “sub-machos” , sedentos pelas conversas de corredor, nas quais supostas conquistas homéricas
não os deixam ver que também foram usados ...
Pura angústia e fragilidade
egoica de macho , diante da necessidade de autoafirmação.Aliás , no quesito “comer”,o
que se parece mais com uma boca ? O amiguinho deles? Ãn, hãm.....
Quer entender angústia de
macho e fragilidade egoica? Vá em uma boate ou um barzinho e observe. O “modus
operandi” é quase sempre o mesmo, eles carecem um pouco de criatividade... O
sujeito paquera uma mulher que não lhe dá bola , ele fica instigado e resolve
investir um pouco mais ( a velha síndrome do caçador , tão utilizada pela fêmea
em benefício próprio...) . Lá pelas tantas ele se convence de que não vai “rolar”
nada e passa a paquerar a amiga da fêmea inicial, imaginando vingar-se. Típico. Mas este é um
fenômeno que nós mulheres já conhecemos – e dele também nos servimos desde os primórdios.
Por isso costumamos sair em bando ; inclusive para irmos ao banheiro e reformularmos as estratégias ...
Como não sentir peninha de um
sexo tão frágil ?
Por isso nós os protegemos tanto...
#sexo frágil
#machismo
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