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Colunista:

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sábado, 8 de outubro de 2016

Pequeno Dicionário Amoroso – Revisado e comentado .

Amor Verdadeiro



Devo ter cara de analista , ou de divã , sei lá...

O fato é que as pessoas simplesmente desabafam comigo.Acabam de me conhecer : no transporte público , no banheiro do barzinho, na fila de banco e....pimba ! Lá estou eu , ouvindo infortúnios alheios...  ... de vez em quando até rola umas histórias cabulosas, sinistras (segundo meu sobrinho, cabuloso e sinistro significa “ultra legal”.....vou confiar...) , outras meio "punks" e às vezes até fofinhas...

Bem, mas de uns tempos para cá (...a pessoa quando já passou dos 4.0 confunde décadas com tempos....liga não, releva aí...), o que tenho ouvido mesmo é , basicamente, a mesma coisa : problemas com o bofe que não se acha um problema . Traduzindo: que não se acha incoerente (fala   x   ação) , que não se acha folgado, que não se vê como o ogro machista e retrógrado que é ...

Eu poderia reproduzir aqui todo o teor dessas conversas , mas, aff!! Cansei ! 
Tô cansadinha ...

Acho que a Miranda e o André podem explicar melhor:


Sobe o som !!!!
Mary Lúcia Oliveira

domingo, 2 de outubro de 2016

Magia & Ciência.




Da velha série "Sem tempo para postar".

E  um velho conselho : 

" Desligue mais uma vez seu cartesianismo ". 

Pense...

Séculos atrás , a ideia de falar  em tempo real com alguém distante era coisa de loucos ou visionários irresponsáveis . 

Hoje, postamos em blogs via celular.....

Quem é louco ?

Seu cartesianismo exacerbado de hoje 
poderá ser o ridículo de amanhã...

Sei o que você está pensando, dá para ouvir daqui...
... que feio...

... Doida eu ?

Dê-me ao menos uma chance...
Reveja primeiro isso:



Após, se ainda tiver coragem...
Dê uma chance aos vídeos abaixo e a si mesmo. 
Assista ao menos aos primeiros 5  a 10 min de cada um
 e decida prosseguir.........ou não.

  


  Éter (pesquisas atualizadas)
Veja mais em:
Mary Lúcia Oliveira     



sexta-feira, 23 de setembro de 2016

POSTAGEM RÁPIDA.


Sempre que a vida muda, 
pode trazer de volta uma parte de si ,
que há muito fazia falta.

Às vezes é preciso mudar ,
voltando para si,seguindo um novo caminho em direção a si mesmo.

Voltar no tempo; 
voltar no vento;
arejar-se;
redescobrir-se.


Talvez por isso ame tanto esta música que divido aqui com vocês:


Quem você é para si mesmo ?

Mary
...em  paz...

sábado, 17 de setembro de 2016

Momento Cobogó.


Fonte da imagem:

 Às vezes, vivemos o que vou chamar de momento cobogó.Minha metáfora arquitetônica para a  reconstrução de si mesmo.

Cobogó: recurso arquitetônico, inventado por três engenheiros/arquitetos brasileiros, na primeira metade do século passado, batizado com a união de suas iniciais: Coimbra, Boeckmann e is, sendo conhecido também como elemento vazado. Feito de concreto ou cerâmica , limita os ambientes sem impedir a entrada de ar e de um pouco de luz . 

Limita, sem impedir...

Abaixo da linha do equador, o sol impera e às vezes castiga, mas sua luz tem uma incidência generosa nos trópicos.

Os elementos vazados , permeados por esta luz , desenham sua sombra nos pisos e paredes,transformando todo o ambiente; tanto para quem vê de fora quanto para quem os vislumbre no interior desses espaços arquitetônicos , surgindo de  diferentes formas em períodos distintos do ano , devido à luminosidade característica de cada estação .
À noite, a iluminação artificial atravessa seus pequenos vãos, do interior para o exterior, tornando a construção arquitetônica uma espécie de luminária urbana ,interagindo  com as sombras de seus usuários , mobiliários, além de ser um espetáculo sensorial.

Limita, sem impedir...

Muitas vezes , somos limitados , tolhidos. Por algum tempo, aceitamos a estagnação sem grandes reações, como se fosse o curso natural das coisas.Mas limitações não precisam ser impedimentos ; ainda que , aparentemente - ou num primeiro olhar - não haja nada que possa ser feito .

Nunca pensei que fosse possível, limitação  sem impedimento...

Às vezes, o impedimento - ou a não solução - estão também em você. Mas quando enfim se aceita o desafio da reconstrução , do partir para o desconhecido e de se recomeçar, precisa-se mudar algo na planta, na fundação ou , pelo menos, buscar materiais mais permeáveis para erigir novos contornos de si mesmo , deixando toda a luminosidade entrar...


Fonte da imagem:



Mary Lúcia Oliveira.

domingo, 11 de setembro de 2016

BÔNUS :
* Veja acréscimo de vídeo na postagem anterior.

O MANÉ POLÍTICO


PRIMEIRAMENTE:                                                                               " SEGUNDAMENTE ":



Abaixo a ditadura !!!                                         











Ei !!!

ÔÔÔÔÔ!!!
manezão(zona) !!!
Não percebeu ainda
que não estamos mais
em uma democracia ?

Ah ! Claro , você não acredita...
... mas é GOLPE SIM!!!

Para você , só é golpe se houver luta , sangue , né ? 
Se quem está no poder  - via golpe - diz que vivemos uma democracia , você acredita , né?

MANÉ..........

Em democracias ,manezão(zona) , costuma-se respeitar os direitos dos trabalhadores, em ditaduras, não. E quem é o mané que está prestes a perder vários direitos trabalhistas conquistados há décadas , com a desculpa ESFARRAPADA da flexibilização  da CLT ? 


"Achoooooo ! "


" É tu mêmu abestado(a) ! "

Mané é mané !

Já dizia o "ditado"...


...mas , caso seja  um mané de  CORAGEM.........

Deixo abaixo alguns  vídeos para você entender o que se passa  no submundo político mas não permitem que você saiba. Aliás, usam a sua "manezisse" para dizerem exatamente o contrário e você tem caído como um patinho....

....ooops! Sem ofensas !
Apenas constatações !


Enfim...

Se você não para para ouvir os argumentos de ambos os lados - por mais que você ache que o outro lado esteja errado - como conseguirá ter uma visão ampla do que está ocorrendo?


Para ACORDAR do sono profundo:









Mary Lúcia Oliveira.
#golpe
#política 

domingo, 4 de setembro de 2016

INHOS E ÃOS




Quando se quer diminuir drasticamente um ser masculino , basta chamá-lo de homúnculo   (ao menos na linguagem...). É , homenzinho ou homenzito não bastam.

Mas não é curioso o fato de que , sua pronúncia : “HO-MÚN-CU-LO ” , não lembre em nada  um ser de proporções inferiores? Pelo contrário!
A primeira vez que ouvi tal palavra pensei logo em um homenzarrão: forte , másculo, rústico, homúnculo ! Um verdadeiro ogro. 

Só que não ! É exatamente o contrário!

 
O conceito de homúnculo (do latim homunculus- homenzinho) tem sido aplicado em várias áreas do conhecimento humano.Um suposto ser vivo que, segundo alquimistas, embora haja outras versões, seria criado a partir do ovo e  da batata.



Homens e batatas............

............suspeitei desde o princípio......................



A alquimia , supostamente, sempre possuiu  três objetivos primordiais: transmutar metais inferiores em ouro; fabricar o elixir da vida longa e criar vida artificial a partir de materiais inanimados. Os homúnculos, então, seriam a representação de um ser emblemático, humano e quimérico.  Provável influência da tradição cabalística judaica com seu “Golem” (pokémon?).



Pois é, a linguagem é sempre reveladora...
Por que um diminutivo com pronúncia tão acentuada e forte
O que era para ser diminutivo,  a linguagem - que reflete sempre os costumes - tratou de assimilar de acordo com o machismo vigente.Verdadeiro  embuste linguístico!


Mas, o que a linguagem moldou , a feminilidade transmutou, tal qual os alquimistas, por meio de um  processo igualmente linguístico: o hipocorístico.
É , o conceito é esquisito mesmo (nem sempre consigo defender minha amada gramática, desculpa aí...).

Hipocorístico (do grego antigo- ποκοριστικός) ou  "chamar com voz suave" . Termo afetivo, formado com sufixos(pedacinhos acrescentados  no final da palavra como em: Chiquinho [Chico+inho]  ) ; por duplicação de sílaba, como nos exemplos : Juju, mamãe ;  entre outros. É quando a palavra , ou seu som, tem o objetivo de suavizar ou atenuar o som do vocábulo que lhe deu origem. Há várias formas de se produzir tal suavização, mas a mais comum , além desta sufixação ou  duplicação de sílabas, talvez seja o diminutivo, carregando consigo toda uma diferenciação do sujeito  por intimidade e afetividade.

Mas, se até a gramática – por vezes complicada – já conseguiu entender essa coisa da afetividade do diminutivo, por que homens ficam tão incomodados quando nós os chamamos de alguma coisa “inho” ?  Fofinho  ,lindinho,  ursinho ...













Você diz meu ursinho  e eles querem ouvir “meu ursão”!  Só que não... ursão não é legal , não tem afetividade. A gente até diz, mas perde um pouco da graça e do afeto embutidos.












E quando nomeamos com diminutivos  seu ......, digamos , Ãn....bem...... , vocês sabem.......é quase um crime ! E se você não é dada a ler revistas tidas como “femininas” , jamais adivinhará que, aquilo que deveria ser pura demonstração de carinho , para eles , é uma das coisas  mais broxantes dentro de um universo de coisas terríveis que poderia acontecer entre quatro paredes ; podendo causar um desastre romântico de proporções catastróficas... E não adianta tentar consertar com manobras que , no “ringue” , tecnicamente ,agradaria a ambos , do  tipo: “ meu fonfonzãozinho ” ,  "ursãozinho" ,  "cachorrãozinho", "gostozãozinho".  Eles  só escutam o sufixo -  o inho -  esperando pelo superlativo.

   
Mas se você tem sentimentos pela criatura , você vai , inevitavelmente, usar o diminutivo  vez por outra , para expressar o máximo do que sente. E a  equação não se fecha, afinal, serão dois incógnitas que, caso se reconheçam , ainda possuem sinais diferentes , e portanto, seja qual for o resultado, poderá ser  negativo.


#relacionamento 
#amor

Aff !

Mary Lúcia Oliveira.

sábado, 27 de agosto de 2016

A Lei da Atração - Modo de Usar...


Da Série : "Sem Tempo Para Postar."


Desligue seu cartesianismo , conecte-se à sua coerência interior.
Não consegue ? 
Bem, se te faz feliz, encare como ficção.
Tanto faz...


Ah! 
Faça pipocas ! 
São quase 60 min de vídeo.


Solve ,Coagula...
A Lei da Atração - Modo de Usar...


BÔNUS:


Mary Lúcia Oliveira.

domingo, 21 de agosto de 2016

Rede Social Como Laboratório do Pensamento - social


Sem tempo para postar.

Mas vou deixá-los em boa companhia:
Em palestra no  TED : Márcia Tiburi,: - graduada em Filosofia e Artes e Mestre e Doutora em Filosofia pela UFRGS. Publicou diversos livros de Filosofia, entre eles "As Mulheres e a Filosofia" (Ed. Unisinos, 2002), "O Corpo Torturado" (Escritos, 2004), "Diálogo sobre o Corpo" (Escritos, 2004), "Mulheres, Filosofia ou Coisas do Gênero" (EDUNISC, 2008), "Filosofia em Comum" (Ed. Record, 2008), "Filosofia Brincante" (Record, 2010, indicado ao Jabuti em 2011), "Olho de Vidro" (Record 2011) e "Filosofia Pop" (Ed. Bregantini, 2011). Publicou os romances "Magnólia" (2005, indicado ao Jabuti em 2006), "A Mulher de Costas" (2006) e "O Manto" (2009) da chamada "Trilogia Íntima". Em 2012 lançou seu quarto romance "Era meu esse Rosto" (Record). É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Mackenzie e colunista da revista Cult.
Palestra:
Rede Social Como Laboratório do Pensamento - social
networks:Marcia Tiburi at TEDxRibeirao

P.S.:  embora publicado em 2013, Márcia Tiburi ,neste diálogo,além dos questionamentos acerca das redes sociais, parece antever de certa forma o avanço fascista e o embate político-ideológico dos últimos tempos.

............. Talvez até repense a ideia de não ter “face”. Ruminando.........
 ***
 Uma homenagem ao meu amigo Gigs, com o qual , embora coxinha , ainda consigo estabelecer diálogos profícuos..............Seu coxinha safado !


domingo, 14 de agosto de 2016

Aprendendo com Betty Wright



As pessoas estão cada vez menos pacientes e mais ansiosas, reflexo dessa transitoriedade 
de nosso tempo.

Desde  a alimentação  fast-food , o curso de imersão , o prático olá com emoticons, a breve duração de um compromisso a dois até a assimilação musical ou  a não permanência de um sentimento... tudo tem de ser rápido: comida rápida, sensações rápidas, amores rápidos , vida efêmera.

O transitório parece estar dominando  a vida, o passageiro torna-se mais interessante  e , o vazio que vem depois , bem, vai passar...  .... é o que dizem, ou o que pensam (ou querem pensar )...

Fomos educados na permanência, por quem viveu a manutenção dos clássicos modelos de sociedade   e , por isso,  somos impelidos a buscar por ela, porém, o que encontramos hoje é a impermanência das coisas, das instituições, das emoções , das pessoas em nossa vida. Impermanência, conceito  de uma ”pós-pós-modernidade” ou “modernidade líquida”   em que a sociedade desconhece o indivíduo, a noção de intimidade. A violação da privacidade é cultuada, aceita , institucionalizada  ,fazendo com que o indivíduo precise comunicar o seu almoço em redes sociais para ser entendido como indivíduo. 

Aos que aceitam passivamente a violação de sua privacidade – a maioria - tudo precisa ser comunicado  externamente, afinal, já quase não possuem vida interior, sequer conseguem encarar este interior. É preciso “matar o tempo” , passar o tempo todo ao celular , tablet, computador, redes sociais, para não ter que entrar em contato consigo mesmo... ... talvez para não descobrirem que já não existem...

Tenho uma teoria : entre outras tantas consequências , talvez por isso até o gosto musical tenha  piorado tanto nos últimos tempos. Poucos conseguiriam , por exemplo, capturar o deleite de ouvir uma Betty Wright em “ Tonight Is The night”  no min  4:30  e , especialmente, no  min 5:33 , por não terem a paciência de escutarem aos quase pacatos minutos iniciais.
 Betty também nos dá  outras lições , como na música No Pain No Gain” , em um de seus versos : “...Mas o amor é uma flor que precisa do sol e da chuva.Um pouco de prazer vale o mesmo que muita dor. Se você aprender este segredo, como perdoar, uma  vida mais longa e melhor você viverá ...” ... Especialmente  em tempos impermanentes ...  E você  ainda ganha um  plus vocal a partir do  min 2:26 , que tem seu auge entre os minutos 2:38  a  2:48  ; 10 segundos do mais puro e gratuito deleite sonoro , e que atingem bem fundo : lugar atualmente distante e inóspito demais para muitos ... 

Mas tem de aumentar bem o som para conseguir ouvir , ou entender...

Mary Lúcia Oliveira.

domingo, 31 de julho de 2016

De Grão em Grão. . .



     Adoro milho verde.
   Ando odiando muita coisa mas ainda gosto muito de milho verde. Porém,  gosto dele “in natura”:cozido,sem sal , sem manteiga/margarina,  SEM NADA !
Aquele gostinho natural e meio agridoce que só os fortes conseguem assimilar !

     Dia desses, comprei uma cumbuca de milho verde em um quiosque de rua e pedi ao vendedor : “sem sal e sem manteiga” .
   O “cara” me  olhou como quem acabara de ver um ET de três cabeças ...  Senti-me como se tivesse de pedir desculpas por ter feito um pedido tão indecente e ofensivo . Foi como se houvesse ofendido toda uma tradição milenar constituída e assentada em bases ultra sólidas e  arquetípicas.

     O olhar do vendedor foi tão opressivo e contundente que, por longos 5 segundos, cogitei a hipótese de estar errada , chegando a pensar em mudar o meu pedido. O vendedor , percebendo seu poder súbito e repressivo sobre mim, insuflou o peito e, arqueando as sobrancelhas como quem vai dar um último aviso/chance ,perguntou: “sem nada mesmo”??!!!!

 A postura e a  famigerada pergunta dele me fizeram voltar à tona dos cinco segundos em que quase sucumbi à empáfia secular dos vendedores convictos de seu ofício , digo,  ditadores de costumes comerciais , ao que respondi altiva, recobrando minha lógica costumeira e meus brios : “Sim, sem NADA !”

     Assim que peguei a vasilha das mãos dele , fiz questão de dar a primeira “bocada”
em frente ao sujeito, mostrando-lhe como é que se come prazerosamente milho verde , ao mesmo tempo em que se escapa de um sistema de crenças e convicções  atreladas à convenções ditas “normais”.  A porra do milho nem estava tão bom assim , mas eu não iria perder esta chance. Não era apenas   euzinha x o vendedor de milho verde, mas eu x o mundo quase inteiro de criaturas rendidas a padrões desconcertantes de alimentação nada saudável, para dizer o mínimo.

Desde os primórdios , somos influenciados por conteúdos simbólicos constituintes de crenças,, costumes, valores e religiões,ou seja, representações simbólicas culturais. Construímos nossas identidades e subjetividades de acordo com as relações e experiências com a cultura em que estamos inseridos reproduzindo  várias de suas representações.̧ões simbólicas. 

Muitas destas foram institucionalizadas algum tempo atrás, e outras, há milhões de anos, nos tempos mais primevos :comportamentos atávicos; repetições com/sem sentido; costumes ...

Assim, é muito comum não termos exata consciência do verdadeiro sentido de várias destas representações/repetições , embora sigamos executando-as..





Mas , o  que o pobre do milho verde tem a ver com isso ?




O milho , nada.

 Mas os "vendedores"...



Mary Lúcia Oliveira.

sábado, 23 de julho de 2016

Barba, cabelo e bigode...



Você percebe que envelheceu quando não consegue compreender bem a estética vigente, seja nas artes plásticas , na literatura, música ou simplesmente na moda e nos costumes. E assim, pego-me  a pensar: desde quando, um dos maiores símbolos visuais da masculinidade - o peito cabeludo - deixou de exercer seu poder ou o poder que possuía junto às mulheres de minha geração ?


Tudo bem que , tempos atrás,  quase todo  comercial de tv acerca de hábitos politicamente nada corretos (bebidas, cigarro...é, havia propagandas de cigarro ...) tinha um peito macho/cabeludo ao fundo .

Enfim, não estou conseguindo compreender o que tem feito homens , especialmente na faixa dos vinte, rasparem os pelos do peito, fazerem as sobrancelhas, mas manterem barbas espessas !!!  ??? Qual a lógica ? Ou seriam grupos distintos?



Bem , se você pergunta a eles , por que estão se depilando,  a resposta geralmente é  que NÓS estaríamos exigindo. Ok, apenas- por favor- “me tirem fora dessa !” Um peitinho cabeludo ainda tem o seu lugar ...e não, não estou falando do ogro neandertal todo peludo, com tufos de cabelo invadindo todos os orifícios ! "Jéhsuis" !



Fiz a mesma pergunta à minha sobrinha e suas amigas , todas  com  vinte e poucos anos , e elas disseram : “porque é nojento, parece desleixo, sujeira...” . Táh ! Ok. Ainda argumentei que, em contrapartida, elas andavam adorando homens barbudos , com aquela barba enorme e cheia...  Elas responderam:  “não mesmo, tia !!!”      (????)   Então, depois de muito cogitar , pude concluir que , a tal barba fechada, densa, só poderia ser uma tentativa masculina desesperada de reação e que , com toda a pressão feminina , provavelmente não durará muito tempo...É esperar, vendo-os capitular ...

Talvez, dentro desse “ parece desleixo, sujeira” , possa estar ; associado e  escondido , um  certo asco ainda desconhecido em relação ao machismo de sempre e seus ícones...

Por outro lado, estou curtindo a ideia de que homens tenham que passar pela dor “existencial” e mensal de ter que retirar os pelos com cera, ainda que os mais espertos já estejam recorrendo ao laser e  abdicando - definitivamente- de algo que outrora já lhes definiu como "machos". Talvez estejam mesmo querendo ser apenas homens... 


Ai que inveja dessa nova geração de mulheres super poderosas que ditam as regras do jogo !   ...............Mas será que elas têm consciência , de que o poder do qual desfrutam hoje , advém de batalhas seculares de suas predecessoras que , muitas vezes, pagaram preços altíssimos para deixar tal legado à posteridade  ?