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Colunista:

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sábado, 9 de abril de 2016

Sexo Frágil



Vou trabalhar de transporte público, mais precisamente de ônibus. Tenho ótimas ideias (odeio ideia sem acento !!! Maldito seja esse acordo ortográfico !!!) sentada no ônibus, preferencialmente à janela.Só uma coisa me incomoda: homens se espalhando ! Conhecido  internacionalmente como “ manspreading” ou homens que insistem em se sentar com as pernas em ângulos obtusos (...e mente idem). Como se suas bolas tivessem vida própria e, de repente, corressem o risco de incharem e explodirem ao menor contato com as pernas ou , quem sabe , isso mantivesse seus bilaus mais refrigerados , ou ainda – desconfio - que eles possuam a  ilusão de que acharemos seus "amiguinhos"  maiores porque precisam de mais espaço. Dãããh!!!! Quanta insegurança ! Preferem ser mal educados a correrem o suposto risco de não parecerem ter bilau grande. Aff !!


Meus caros, uma mulher sempre saberá que é apenas insegurança – e falta de educação -  sua !


Aliás, segundo uma amiga, o mesmo raciocínio vale para homens com carros de tamanhos ampliados (a menos que deles necessitem por motivos de trabalho...). Segundo essa “especialista” amiga minha, dá para aprender muito sobre homens, observando seus carros : como dirigem, como os mantêm... 
















Ah ! O tamanho ? Do carro.....Bem, diz a lenda que quanto maiores – salvo exceção já feita – menor a autoestima e respectivo tamanho do dito cujo. Eu diria que faz sentido. . . É o mecanismo da compensação de Freud em ação : “... é um Mecanismo de Defesa que tem por objetivo alcançar uma diminuição da ansiedade surgida de situações de inferioridade (real ou imaginária) e de assegurar uma posição de bem estar ao indivíduo em relação aos demais. É um processo psíquico em que a pessoa se compensa por alguma deficiência percebida ou conscientizada (não necessariamente verdadeira), ou pela imagem desfavorável que tem de si própria, através de uma outra característica (falsa) que o caracterize, que ele, então, passa a considerar como um trunfo”.


E  a competição entre eles , então , nas várias esferas sociais,  para ver qual macho será o alfa-pegador ou o que "comeu" todas ? Mais insegurança... Ao longo do tempo muitos machos foram  construindo as máscaras que envolvem o ego, as “personas”, segundo Freud, e com elas foram desenvolvendo uma série de projeções daquilo que gostariam de ser ou ter.  Não basta comer (e ser comido), é preciso falar, vangloriar-se , autoafirmar-se . E se não comeu dirá que comeu e será acreditado por todos os “sub-machos” , sedentos pelas conversas de corredor, nas quais supostas conquistas homéricas não os deixam ver que também foram usados ... 


Pura angústia e fragilidade egoica de macho , diante da necessidade de autoafirmação.Aliás , no quesito “comer”,o que se parece mais com uma boca ? O amiguinho deles?  Ãn, hãm.....



Quer entender angústia de macho e  fragilidade egoica?  Vá em uma boate ou um barzinho e observe. O “modus operandi”  é quase sempre o mesmo,  eles carecem um pouco de criatividade... O sujeito paquera uma mulher que não lhe dá bola , ele fica instigado e resolve investir um pouco mais ( a velha síndrome do caçador , tão utilizada pela fêmea em benefício próprio...) . Lá pelas tantas ele se convence de que não vai “rolar” nada e passa a paquerar a amiga da fêmea inicial, imaginando vingar-se. Típico. Mas este é um fenômeno que nós mulheres já conhecemos – e  dele também nos servimos desde os primórdios. Por isso costumamos sair em bando ; inclusive para irmos ao banheiro e reformularmos as estratégias ...



Como não sentir peninha de um sexo tão frágil ?





                          








                           


          Por isso nós os protegemos tanto... 

#sexo frágil 
#machismo 

domingo, 27 de março de 2016

Batman vs Superman



Novo filme baseado nos personagens “Superman” e “Batman”  da  DC Comics e distribuído pela Warner Bros Pictures.


 Se os personagens fortes da concorrente Marvel surgiram nos anos 60, no embalo da contracultura e da luta pelos direitos humanos , em um cenário no qual grande parte da população americana era contrária à Guerra do Vietnã;  os ícones da DC Comics nasceram durante a Segunda Guerra Mundial, uma época muito mais romantizada, em que heróis como Superman, Batman e  Mulher-Maravilha , rapidamente se transformaram em símbolos de justiça e liberdade, surgindo tanto como arte quanto como indústria e, ao contrário do que aconteceu com a Marvel- que acabou humanizando seus personagens para tentar uma identificação com o público- a  DC investiu na criação de deuses.





Mais um filme de super-herói norte-americano  ou da necessidade  humana de superar  a morte , ou ainda , nossa  busca pela transcendência .





A pretensão humana de tornar-se mais forte, mais inteligente, de vencer a morte , está presente em nossa sociedade. A exemplo disso , nossa busca por transcender os limites do corpo com a inteligência artificial, a engenharia genética ou  a nanotecnologia.



Para o filósofo (incompreendido) Nietzsche (Friedrich Wilhelm Nietzsche) , o homem precisa de consolos para suportar a vida .   Em seu  livro “Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém” , o conceito de “ Übermensch” ou  "Além-do-Homem" , foi frequentemente corrompido , sendo divulgado - e por vezes traduzido erroneamente - como “Super-Homem”;  parecendo  ter influenciado sobremaneira nossa sociedade dita “moderna”. Infelizmente, quase sempre por meio de interpretações errôneas ou mal intencionadas, associado de forma corrompida  até mesmo ao nazismo.   

Ao longo dos anos o homem criou histórias em que se projeta como poderoso, dominador, tendo o poder de ser senhor do tempo, senhor do mundo; criando mundos e personagens capazes de tudo. Isso demonstra sua busca por poder, mesmo que um poder fictício. A busca pela longevidade, a vida eterna, não é demonstrada apenas nos super-heróis, mas em criaturas místicas e em várias outras ocasiões, por meio de divindades, objetos ou do domínio da vida por meio da ciência ou do controle do tempo. O domínio do homem sobre outras criaturas é demonstrado na criação de robôs que tornam-se força de trabalho, vistos em desenhos e filmes. Vê-se até mesmo o acoplamento do homem à máquina com o objetivo de tornar-se mais forte. A busca por poder é evidente na ficção , na qual podemos vislumbrar o homem se projetando como alguém capaz de tudo.


Em seu "Além-do-Homem” , o que Nietzsche  deseja é a superação do homem. Não  um ser fortalecido, potencializado ou reforçado nos seus talentos , mas um homem além de si, sem  muletas e consolos que o façam suportar  a vivência da finitude , da morte  , que o façam inventar  finais escatológicos para a existência , sem os quais não suportaríamos viver . Assim,  ultrapassar o homem , ir além , significa aceitar a possibilidade de viver de maneira radical a finitude e a morte sem necessidade de consolos metafísicos ou da criação de super-heróis , humanos ou humanóides ; assumindo uma perspectiva de que a existência não tem uma justificação nem religiosa, nem ética , nem metafísica ; mas pura e simplesmente  - talvez - se couber aqui alguma justificação:  estética.  Ou seja, adquirir a  capacidade de levar até o fim uma vida cujo único sentido  seja ter a forma de uma bela obra de arte ; com borrões se a vemos de muito perto e perfeita se a enxergarmos a partir do devido ângulo.




Bem, a mim preocuparia muito visualizar o homem na figura quase cômica de dois super-heróis que -  apesar de atualizados ( leia-se : não usam mais a cueca por cima da calça ...aff!!! Mas sim repaginados [??] com aquela roupa super  grudada ao corpo ) -  ainda precisam de mais enchimentos que mulher fruta siliconada de calça legging e top................


“Deus está morto (?)  ,
Nietzsche está morto.....
......e eu não estou me sentindo muito bem.”


Alguém aí apague a luz.


Em tempo: detesto cravos !   


sábado, 19 de março de 2016

Sociedade Teleguiada. . .

. . . Ou de Como Pessoas de Bem Tornam-se Bestas Esclarecidas



Nunca pensei assistir a isso.

O pronome demonstrativo de segunda pessoa “isso” ( e suas flexões), entre outras ocorrências , pode revelar ; na frase, o tempo passado, relativamente próximo ao momento em que se fala, marcando um passado que na verdade acabou de acontecer ou passar.

Até então, equívocos históricos costumavam dormir as noites dos tempos, devidamente resolvidos e assentados num passado deveras distante. Jamais imaginei  assistir a uma dobra do tempo em que o passado viesse à tona  e a confundir alguns desavisados no presente. Especialmente aqueles desavisados que não aprenderam as lições deixadas pela história.

leia :


Este país foi espoliado , depredado, aviltado e humilhado em extensões nunca vistas ? Sim, e esta espoliação nos relegou , mais uma vez, a um dos últimos degraus do desenvolvimento. Estaremos , a partir de agora , notória e desafortunadamente atrasados para o grande bonde do crescimento - moral e econômico - até por que, um depende visceralmente do outro.

Mas quem seria este algoz, real mentor de toda a sorte de nossos infortúnios atuais ?

Nosso algoz é na verdade o carrasco de sempre . Uma insensível, violenta, triste e fascista classe média, que gosta de se autodefinir como elite. Lembremos  da atacada (porque tocou fundo na ferida) filósofa e professora Marilena Chauí : “ A classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante " . Resguardadas , claro, as devidas exceções ; pois elas existem( uma pequena parcela dessa classe média que é responsável e solidária) , embora seja voto vencido pelos fascistas.Um país com uma extensão territorial tão grande, com gente tão idem , não merece a classe média que tem .


Nossa economia explicada em biscoitos... ... ou em classes...

Como já mencionei em outros “posts”, tenho por hábito analisar a história e suas implicações,relacionando-as ao que nos tornamos hoje. E assim, voltando no tempo , veremos que nossa  antiga elite colonial  precisou desvalorizar o país e seu povo , fazendo-nos acreditar sermos  “indolentes” e “colonizados incapazes” para que aceitássemos  de maneira submissa e subserviente as diretrizes da nação dominadora sem questionamento (lembremos que a dominação efetiva não ocorre apenas por meio da força coercitiva).

Além disso, a elite intelectual deste país, em geral, no passado, obtinha sua formação lá fora , especialmente na  Europa ( e isso não mudou muito...). Deste modo , quando intelectuais como Monteiro Lobato, por exemplo  –ressalvada sua importância literária – possuíam pruridos em relação à competência de nossa gente , de certa forma , entende-se. Essa classe média ou essa elite, não via no brasileiro o reflexo do europeu que gostariam que fôssemos; provavelmente vitimizados pelas teorias vigentes à época , acerca da supremacia da raça ariana. Entretanto, por óbvio, esperar por essa “europeização”  seria impossível. Cada nação tem suas características e o que temos de melhor e que nos distingue é exatamente isso:  esta miscigenação.

Infelizmente , nossa classe média não parece ter conseguido superar este ranço de inferioridade ,  relativo a tudo que vem de fora e que faz o brasileiro se colocar voluntariamente como inferior ou o popular e repugnante “complexo  de  vira-latas”.

Como também já mencionei em “posts” anteriores , penso que hoje é bem mais repugnante . Dentro do complexo de vira-latas , agora não está apenas a noção de inferioridade mas parece estar contido aí, também , o desejo de ser pequeno.  Alguns membros da elite de sempre: burra , anti-patriota e derrotista , querem ver o país altamente dependente de tudo o que é de fora ( ...e até vender o próprio país... ) , afinal, esta elite sim : subserviente e preguiçosa , demonstra se beneficiar desta dependência e vive muito bem nela. Parece  mais fácil ser um(a) engenheiro(a) ou um(a)  advogado(a) – formado(a) em Harvard, por exemplo, e empregados de uma grande empresa - ou ainda uma elite vendedora,filial de alguma  multinacional. DÁ MAIS TRABALHO ser produtor do que um mero revendedor.

Enfim, se ontem era ridículo não ser  europeizado , hoje , é não apenas ridículo mas igualmente triste, colocar-se como inferior para obter lucros ,  torcendo contra o próprio país, tentando impedi-lo , a todo custo (leia-se: comprando o judiciário e a mídia) de crescer e se tornar o gigante que a natureza nos fadou ser.

Mas , graças ao livre arbítrio , você ainda tem o direito de ir para as ruas e , teleguiado pela imprensa corrupta , ser massa de manobra da direita de sempre, imaginando ridiculamente que isso  fará de você  um membro dessa elite.

Não , "mané"  ! Você não faz parte dela ! E ainda que faça, este país também é seu. 
Sim, "mané"  ! Você não é europeu e muito menos norte-americano ! 
Ainda que queira fingir ser !

Lute por este país  e não CONTRA ele !

(...)

Saudade de um tempo em que nosso judiciário não pisava nas garantias e direitos constitucionais ...   ... e não se curvava à “opinião pública” . Opinião essa que hoje é tristemente caracterizada por  “lavagem midiático-cerebral”.


Bônus:

Olha aí a “moralidade” de quem acusa.
Pessoas -verdadeiramente inteligentes -  fazem conexões...


Mary Lúcia Oliveira.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Breve Ensaio Sobre a Escravidão




Dia 8 de março chegando .
É... aquele dia/semana "dedicado" à mulher. Ual !!! Agora temos uma semana !!!
Quanto "progresso" !!!!
...Tipo: aproveita bem esse dia aí porque , nos outros, só dá eles !
*
Bem, decidi "aproveitar"  esse "meu dia/semana ", reeditando o texto que deu origem a este blog tempos atrás.

Sugira a leitura para aquele seu amigo, parente, conhecido, namorado , marido,amante...
...aquele que sempre diz que NÃO é machista mas que AGE COMO UM e ainda se dá ao direito de se irritar se você o obriga a ver o quanto suas atitudes não conferem com seu discurso.


Breve Ensaio Sobre a Escravidão

     Servidão,sujeição. Eis a definição dicionarizada para escravidão.Como a prática desta entre os humanos  é coisa antiga e ao mesmo tempo contemporânea  –  embora teoricamente façamos de tudo para combatê-la  –  os dicionários, entidades pouco dadas à divagação instrutiva( o que é uma pena !) , não se preocupam muito em esclarecer se tal servidão ou sujeição, hoje, pode vir a ser  tacitamente consentida ou se tem deveras apenas seu caráter literalmente de servidão, da dominação pela força. As grandes questões  são: Quem domina? Quem é dominado? Por quê?

     Historicamente, uma pessoa poderia ser escravizada, dentre outras tantas razões, pela cor de sua pele.A nós, basta que nos atenhamos a este fato: alguém nascia  com uma característica genética específica , e pronto, entrava  para a “danação eterna"!  Era perfeitamente lícito o sujeito, porque branco, esperar que suas fezes fossem recolhidas pelo negro que lhe servia , que seu banheiro e sua casa fosse limpa e suas outras tantas necessidades fossem prontamente atendidas pelo desafortunado nascido sob o histórico estigma da cor .

     Mais que isso, nem sempre o escravizado se rebelava. Pensava mesmo ser inferior a seus senhores ou  que haveria uma ordem e hierarquia corretas na sociedade, na qual seu papel e posição eram exatamente esses. Sentia-se muitas vezes até confortável em sua situação social. Afinal, era isso o que esperavam dele e não podia decepcionar toda uma sociedade pré-estabelecida. Ou ainda,como seria seu lugar no mundo se não aceitasse seu papel? Acabaria por certo segregado em algum quilombo distante , temendo ser encontrado... Rebelar-se pode ser bastante complicado e requer muita capacidade , ousadia e auto-estima. É isso! Rebelar-se nunca foi para todos...

     A humanidade , vista através de olhos distanciados pelos séculos, parece ter sido bastante repugnante e cruel em alguns momentos guardados no tempo. Entretanto , a poeira desses tempos  , ainda impregnada em algumas retinas,  nem sempre  permite enxergar a servidão que continua fazendo entrar para a danação eterna alguns seres desafortunados , nascidos, desta feita,  sob o estigma do gênero.

     Por medo de não possuírem um senhor e um lugar na sociedade , ainda que inferior  e serviçal, hoje, algumas almas – infelizmente ainda uma grande maioria – nascidas  sob o estigma não da cor mas do                                                                                                                          
gênero, sendo este de qualquer cor  ;  ainda acreditam serem serviçais do outro gênero, e estes , considerando-se superiores àquelas  - pela simples marca genética aleatória de se ter recebido um falo –julgam-se no direito de escravizar seres humanos , de novamente ver suas fezes recolhidas  e sua casa limpa por este ser - que nem sempre  se percebe inferior- porque, os senhores de hoje; aprendizes dos senhores de ontem, sabem que o melhor e mais eficiente domínio não é mais composto por ferros, muito menos por senzalas, mas sim, por dourados anéis, longos vestidos brancos compondo a cena com buquês, frases feitas de efeito, do tipo: “RAINHA? do lar” , “DONA? de casa”...

     Infelizmente, mesmo seres dotadas de grande conhecimento e em pleno gozo de suas faculdades mentais, deixam-se  dominar por esses senhores ainda feudais . Talvez, impelidas por uma baixíssima autoestima, a qual só pode ser sanada ou amenizada por um  vestido branco e  um buquê , o que , num delírio coletivo e teatral , as faz sentir enfim  alguém por algumas horas. E assim, no curso de suas quase vidas , exaustas, executam sua terceira jornada ao chegar em casa após um dia inteiro de trabalho  porque , no imaginário coletivo, isso as faz mulher; e elas não podem contrariar aquilo  que lhes dá um lugar no  mundo.




     Alguns senhores são um pouco menos desumanos com suas escravas, eles costumam dizer - orgulhosos e altivos-  que AJUDAM suas serviçais (...aquele que AJUDA, obviamente entende  que o trabalho não é dele,  mas não perde a chance de parecer magnânimo ou expressar alguma compaixão  pelos seres que considera inferiores...   ... além disso, já que não considera SEU TRABALHO TAMBÉM, dá-se ao direito de ESCOLHER  o tipo de "trabalho" e como irá ajudar... ) .



   ... afinal , seres com falo   acreditam não possuírem  em seu DNA as características , do outro ser,  que consideram marcadamente genéticas  e que possam defini-las  como serviçais, mas podem eventualmente tentar parecer  politicamente corretos. Aliás , a filosofia  verbal do “eu não sou seu senhor” (...para continuar sendo...), na escala evolutiva da dominação ,  parece ser atualmente a mais eficiente.
     
As grandes questões, por fim,  não são  mais quem domina ou quem seria dominado , mas sim ,o fato de que os motivos continuam sendo os mesmos. O que parece ter mudado foi apenas o tipo de punição, que agora é ofertada tanto às rebeladas quanto às serviçais.O exílio- de ambas -agora é solitário.Em verdade, hoje,não há mais a segurança dos quilombos, pois estes pressupõem união. Refugiam-se  - no máximo- em si mesmas, executando diária e bravamente, cada uma,o seu teatro.Afinal, são "treinadas", desde sempre, para serem rivais.
#escravidão 
#machismo 
#feminismo
#sororidade 




sábado, 13 de fevereiro de 2016

Atualização- FOSFOETANOLAMINA







Tenho muitos "fronts" de batalha e , assim, devido a  inúmeras visitas ao blog - relacionadas ao post sobre  a "fosfo" -  por meio do link abaixo,"passo o bastão" a quem possa ou queira acompanhar este assunto .

*

No final do ano passado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) , lançou um site - após o início de uma pressão popular (pós audiência no Senado) -  para informar a população sobre os avanços na pesquisa sobre fosfoetanolamina.O MCTI coordena, ao lado do Ministério da Saúde, uma iniciativa federal para pesquisar a substância.

A iniciativa federal para testar a eficácia da fosfoetanolamina deve ter um financiamento de R$ 10 milhões por parte do MCTI. Desse total, segundo consta,  R$ 2 milhões ($$$$)já foram repassados para os laboratórios responsáveis pela realização de ensaios pré-clínicos.

Três laboratórios estão participando dessa etapa inicial do estudo: o Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), em Santa Catarina, o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASSBio-UFRJ) e o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC).


Link para o site:

http://www.mcti.gov.br/fosfoetanolamina



Estamos de olho (?)

Mary Lúcia Oliveira

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

UM ACRÉSCIMO AO TEXTO ANTERIOR



SINCRONICIDADE...


RIDÍCULOS  COMERCIAIS
Ou de Como Vidas Humanas São Menores Que Leis de Mercado !



Deixei de viajar no Carnaval por uma série de coincidências que não veem ao caso.

Assim, tentando escapar do carnaval na TV, estava  hoje "zapeando" os canais , quando me deparei com isso. Fucei no you tube e acabei encontrando os vídeos .



Ao contrário do que nos têm feito acreditar -  inclusive criticando e tentando diminuir a importância dos honrosos pesquisadores -  na direção da cura do câncer, parece que já temos  algo palpável, para dizer o mínimo.


Vejam isso ! 
...Não são um monte qualquer de vídeos amadores ,
 são simplesmente o resultado de 
uma sessão pública no Senado,
 ocorrida em  29/10/15.



E ainda nos dizem que não há estudos suficientes.....Ã - HÃM......




AOS NOSSOS VALOROSOS PESQUISADORES,

FORÇA , PACIÊNCIA E

MUITO OBRIGADA !


(...)

EM TEMPO:

O que foi feito de lá para cá ?

Só espero que estes valorosos cientistas não apareçam mortos, vitimados por mortes "naturais"...

E AINDA:

ESSAS PESSOAS SÃO ELEITAS POR NÓS !

VAMOS PRESSIONÁ-LAS !!!

E    QUE    AJAM 

COM

U R G Ê N C I A  !!!

...Ou vão continuar fugindo às suas responsabilidades ?

Mary Lúcia Oliveira

sábado, 30 de janeiro de 2016

Mantendo a Mente Aberta - Ciência e Ocultismo

Cutucando a inércia mental...


Nos ridículos seculares, quando a humanidade está perto de algo novo , de evoluir em costumes , crenças e conhecimento, sempre aparecem os estúpidos medrosos do contra- especialmente dentro dos poderes constituídos - tentando deixar tudo como está, porque simplesmente não conseguem operar dentro do novo; sequer cogitam a possibilidade do novo vir a corrigir falhas ou enganos históricos.


Neste cenário, é surpreendente ver um canal assumidamente  materialista e ateu ,exibindo um documentário, relacionando ciências ocultas à ciência moderna , deixando clara a antiga relação existente entre ambas e o quanto a ciência atual deve aos antigos místicos, videntes , magos e bruxos do passado.






Oi ??? Hein ???


A ciência moderna está numa encruzilhada. Muito do que está sendo descoberto atualmente : “Design Inteligente”, experimento da fenda dupla , teorias como a das “super cordas”, entre outras , já deixam claro os rumos que nossa ciência está seguindo, voltando , de certa forma, às suas origens ;  embora nem todos gostem desta associação.



Será então que a ciência com seu reducionismo materialista e em grande parte ateu (aqui, aos bons entendedores, não falo de religião...) estaria se redesenhando e em rota de (re)união com os místicos  , buscando unir forças e se libertando dos velhos axiomas materialistas e ateus que tanto a têm bloqueado ao longo de sua trajetória ?


Mas o que é que esta doida está dizendo ? 




Vejam isso:






domingo, 24 de janeiro de 2016

NÃO VI TITANIC !




Vou confessar um pecado – quase um crime -  e não espero contar com a benevolência de vosso julgamento, caro leitor . O crime ?  NÃO  VI   TITANIC  !

E daí ?Embora já tenha pagado minha dívida com a sociedade (reclusão social de vários meses pós filme à época ......ninguém conversa com quem não assiste a um filme desses...), vira e meche sou cobrada por isso, como ontem, numa roda de amigos.  Sei que é um filme emblemático, que sempre será mencionado em alguma roda social, que produziu imagens icônicas no cinema , blá-blá-blá......e blá.... ... mas , ainda assim, não pretendo assisti-lo . Sigo incólume.



Falo do Titanic com Di Caprio. Sim, porque “Titanics” são vários e o de minha infância foi suficiente . Titanics são como o inferno da semana santa  com  o perrengue de Jesus Cristo que não acaba nunca . Aliás, odeio Semana Santa! E isso também acontece com o carnaval ; mas já odiei mais ... Hoje, com o advento da TV a cabo , consigo passar por estes eventos – infernalmente cíclicos -   com menos tédio.

Sinceramente , qual a graça de assistir a um filme  que  TODO MUNDO  conhece o final  e que , aliás, “vamo combiná ” , ainda que tenha cenas românticas ,  é sinistro ..........e  o mocinho morre no final, juntamente a outros tantos desafortunados... E se você já sabe o final – trevoso  como esse – POR  QUE  ASSISTI-LO ???????  Seria alguma espécie de auto-punição, masoquismo ou talvez algo mais geral como a atração de um inconsciente coletivo relacionado a tragédias?  

                                   

O conceito de Inconsciente Coletivo foi criado pelo psiquiatra suíço C. G. Jung  que ampliou o conceito de inconsciente(pessoal) de Freud  após discordar de algumas ideias dele. Numa definição menos glamorosa, o inconsciente , grosso modo, seria o que não sabemos de nós mesmos ; tendo Jung ampliado o conceito de inconsciente fazendo uma distinção entre Inconsciente Pessoal ,que Freud havia estudado ( no qual encontramos o que foi recalcado, escondido, esquecido e que continua lá em nosso inconsciente , reaparecendo em sonhos, atos falhos ou até em sintomas físicos ou psíquicos)  e Inconsciente Coletivo (que não representa o que eu vivi, mas o que a humanidade como um todo viveu ;  forma de pensamento universal com carga afetiva que é herdada , dando origem às fantasias individuais e às mitologias de todas as épocas).


                                                     

É nesse emaranhado inconsciente que vivem as  imagens arquetípicas ou “imagens primordiais” ou arquétipos  ,originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações, armazenadas nesse inconsciente coletivo. As principais estruturas formadoras de nossa personalidade são arquétipos.Temos em nosso  imaginário, desde criança ,  exemplos de  arquétipos como o da morte, do herói,do fora da lei e outros tantos que fazem parte de nosso inconsciente coletivo e, independentemente de religião ou do lugar de onde se venha , essas imagens serão sempre muito comuns a todos e entrarão na composição dos mitos , contos de fadas, de horror ou  lendas que transmitimos de geração a geração,  pois a função dessas histórias é trazer à tona o que está  no inconsciente e cujas influências se expandem para além da psique humana , indo se aninhar até mesmo nos filmes e  na publicidade...


Bem, recusar-me  a assistir Titanic não é apenas uma decisão antissocial num exercício consciente de minha tripolaridade . Estou apenas tentando escapar desse inconsciente coletivo trágico, desse prazer mórbido ao visualizar tragédias , rejeitando parte dessa herança atávica (ainda que sejam impulsos naturais humanos ),tentando superar algumas dessas imagens trágico-arquetípicas,submersas nesse nosso inconsciente coletivo, reprimido pela religião , pela sociedade  e pelos poderes constituídos ou camuflados.






Em tempo : Di Caprio ainda é uma bela figura ; mas prefiro vê-lo hoje , mais maduro,  como em  O Lobo de Wall Street -   que ainda não vi – mas vou ver ...









Mary Lúcia Oliveira.