(…Vagar ,
estar vago … Onde o amor está em você ?
Dentro ou fora ? )
Vaga o
espírito da chuva pelas janelas ;
Descortinando-se
pelas sacadas ;
Obsidiando árvores; incorporando-se aos seres ;
Encharcando
almas sedentas de sol
E assustando
crianças
Com os
ecos soturnos de seus raios e trovões .
Na sacada
;
Presença fluídica a escorrer pelo vidro;
Já não tão
nítido de se ver lá fora.
Espectro d’água ;
Vento e
chuva :
Dois
irmãos brigando além da janela.
Tempestade torrencial;
Úmido
exílio ;
Líquido
vagar…
Tudo
fechado;
Corpo
fechado.
Imensa
vaga em mim...
E então me
exacerbo ;
Nessa
tempestuosa solidão .
Mas lá fora,
Entre o aquoso
caos
E uma
orvalhada coerência
De pingos
extertores de um ex-temporal;
Tudo
germina.
Revigora-se
o todo
lá fora
E volta a
mim.
Completude.
Expansão.
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